Autor: Claudemir Avelino Junior

  • LGPD: garantindo a segurança dos dados do usuário

    LGPD: garantindo a segurança dos dados do usuário

    LGPD é a sigla adotada para designar a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709) sancionada em 14 de agosto de 2018 e que entra em vigor a partir de agosto de 2020. Ela tem como princípios proteger os dados do usuário.

    O nascimento da LGPD foi feito com base na GDPR de origem europeia (General Data Protection Regulation, ou em português Regulamento Geral de Proteção de Dados). Diversos países da União Europeia já tinham leis próprias que regulavam o tratamento de dados pessoais, porém, a UE sentiu a necessidade de implementar uma norma que as unificasse e que estabelecesse princípios básicos para o tratamento de dados.

    Importância da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

    Nossos dados são utilizados em cadastros e, além disso, o que compramos e acessamos fica armazenado. A questão é: essas informações são mesmo confidenciais e não utilizadas para outros fins?

    Já se perguntou por que aparece tanto anúncio sobre coisas que pesquisou na internet ou ligações oferecendo produtos de lugares que nem imaginava que tinham seu número? Spams em seu e-mail? São essas ações – caso não tenha o seu consentimento – que a Lei Geral de Proteção de Dados quer proibir.

    Sobre a LGPD

    Tudo o que for requerido por alguma aplicação para que seja compartilhado, deve estar explícito ao usuário, sendo que o mesmo deve concordar com isso. Caso contrário, a empresa ou responsável pelo software poderá receber uma multa de até 50 milhões de reais.

    A LGPD determina ainda que não importa se a sede de uma organização ou o centro de dados dela estejam localizados no Brasil ou no exterior: se há o processamento de conteúdo de pessoas, brasileiras ou não, que estão no território nacional, a lei deve ser cumprida. Determina também que é permitido compartilhar dados com organismos internacionais e com outros países, desde que isso ocorra a partir de protocolos seguros e/ou para cumprir exigências legais.

    Além disso:

    • O usuário (titular dos dados) deverá dar consentimento do compartilhamento dos dados;
    • O software só poderá recolher dados que serão úteis para o uso do mesmo.

    Ainda de acordo com a LGPD, a aplicação deve ter a opção para o usuário excluir ou cancelar os seus dados a qualquer momento. Todos os tratamentos de dados devem ter dois quesitos, como finalidade e necessidade, que devem ser previamente informados ao usuário.

    Para garantir que tudo isso seja cumprido, haverá uma instituição para fiscalizar as leis regidas, chamada de Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD).

    [Ebook] LGPD e ferramentas de automação de processos

    Exceções da Lei Geral de Proteção de Dados

    A LGPD estabelece casos em que não há obrigatoriedade do consentimento do usuário. A exceção ocorre em situações cujos dados são necessários para:

    • Cumprir alguma obrigação legal;
    • Executar política pública prevista em lei;
    • Realizar estudos via órgão de pesquisa;
    • Executar contratos;
    • Defender direitos em processo;
    • Preservar a vida e a integridade física de uma pessoa;
    • Tutelar ações feitas por profissionais das áreas da saúde ou sanitária;
    • Prevenir fraudes contra o titular;
    • Proteger o crédito;
    • Atender um interesse legítimo que não fira direitos fundamentais do cidadão.

    Como empresas devem agir?

    É aconselhável que toda empresa tenha profissionais capacitados no tratamento de dados, atribuindo normas na estrutura e desenvolvimento futuro do software.

    Atualmente há funções próprias para adequação da empresa à nova norma, como os mais importantes: o Controlador, que toma as decisões sobre o tratamento, e o Encarregado, que interage com os cidadãos e autoridade nacional (poderá ou não ser exigido, a depender do tipo ou porte da organização e do volume de dados tratados).

    Concluindo

    A LGPD é um grande avanço no cenário de segurança de dados pessoais no Brasil, visto que é a primeira lei no Brasil a lidar com o assunto. A lei realmente assegura ao usuário o controle de seus dados pessoais e proporciona a ele mais privacidade.

    Apesar de alguns pontos ainda serem um pouco ambíguos e precisarem de amadurecimento, a LGPD dá diretrizes para lidar com o tratamento de dados, removendo várias incertezas que se tinha sobre o campo anteriormente.

    Para saber mais, acesse: O que é e como a Lei Geral de Proteção de Dados afeta sua empresa?

  • Java Pago, entenda as mudanças da Oracle e como o Fusion é afetado

    Java Pago, entenda as mudanças da Oracle e como o Fusion é afetado

    A partir da versão 11 do OracleJDK, será preciso uma licença paga para usar os softwares que foram desenvolvidos na plataforma Java de forma comercial, exceto em testes, desenvolvimento, prototipagem e demonstração. As versões não LTS anteriores do Java 11 (10 e 11) não recebem mais atualizações, e a versão 8 ainda recebe suporte Premier até 2022 e suporte estendido até 2025.

    Para quem deseja não pagar a licença, poderá utilizar o OpenJDK, ou também outras versões liberadas por outras empresas, como IBM, RedHat e Azul, que fornecerão um suporte estendido maior que o da Oracle.

    Quais os benefícios de assinar/contratar a licença OracleJDK?

    Todos os suportes disponíveis da Oracle são para problemas diretamente ligados ao Java e seu software, e também para atualizações de segurança, diferentemente do OpenJDK que disponibilizaram apenas 6 meses de suporte após o lançamento da versão, dando uma sensação de obrigatoriedade de atualização de versão.

    Como funciona a nova licença?

    Com o novo modelo, não é mais preciso adquirir uma licença antecipada e pagar uma taxa anual. Ao invés disso, o usuário poderá pagar uma assinatura mensal. Após o término do período, a não renovação resultará na perda do direito do usuário a qualquer software comercial baixado durante o tempo de assinatura, bem como a perda ao acesso às atualizações do Java Migration SE e ao suporte Oracle.

    Caso o uso do OracleJDK sem licença esteja sendo executado em um software já comercial, a Oracle pode recorrer ao tribunal e entrar com recurso. A vitória da Oracle no caso pode resultar em vários processos decorrentes das práticas atuais de desenvolvimento relacionados ao uso da API.

    A licença LTS

    A licença LTS (Long Term Support) é perfeita para quem não pretende mudar de versão e quer ficar em uma estável com suporte a um longo tempo.

    Como é cobrado o licenciamento do Java SE?

    No novo modelo, o licenciamento é feito de acordo com a aplicação, a qual é desktop ou servidor. Em desktop, a cobrança é por unidade ou usuário, já em servidor, por processamento de dados executados no mesmo.

    O número de licenças necessárias será determinado multiplicando-se o número total de núcleos do processador por um fator de licenciamento do processador principal especificado na tabela de fatores Oracle de processador. Um processador é contado por soquete ocupado, no entanto, no caso de módulos multi-chip, cada chip no módulo é contado como um soquete ocupado.

    Segue uma tabela de valores de licença Oracle: http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/price-lists/java-se-subscription-pricelist-5028356.pdf

    Java SE Releases

    Após o número de atividades e uso da plataforma JAVA perderem espaço, a Oracle começou a traçar planos para evoluir o Java em ritmo mais rápido. Assim, em poucos meses a comunidade entregou 3 novas versões com a liderança da Oracle e outras empresas contribuintes no processo de desenvolvimento, e várias atualizações de segurança agendadas e coordenadas. Por consequência, os lançamentos passaram a ser de 6 em 6 meses.

    O suporte Oracle Premier Support terá uma duração de 6 meses para aquela versão após o lançamento dela, e o único suporte estendido que foi listado é do Java 11 (será até setembro de 2026).

    E o Fusion?

    A partir da versão 3.7, o Fusion está homologado para OpenJDK 11. Dessa forma não serão gerados custos adicionais ao atualizar a solução.

  • Plataforma de desenvolvimento Low-Code: o que é e quais as vantagens?

    Plataforma de desenvolvimento Low-Code: o que é e quais as vantagens?

    Ao longo dos anos, as necessidades das empresas foram mudando e gestores ganharam uma visão de que todo tipo de tarefa empresarial pode ser automatizado. Isso acabou gerando uma grande demanda no ramo de desenvolvimento de sistemas.

    No entanto, percebeu-se que muitas dessas tarefas simples, que poderiam ser automatizadas, acabariam gerando um custo alto para a empresa, pois, apesar de serem aplicações na maioria das vezes com poucas etapas e campos, deve haver documentação e uma arquitetura como qualquer outra, que é o maior custo. Foi assim que se criou o Low-Code, ou, em português “baixa programação”.

    Neste artigo abordaremos a importância do Low-Code e como o conceito afeta os profissionais da área.

    O que é Low-Code?

    Low-Code é um conceito que dá a liberdade a um usuário sem experiência e conhecimento em programação criar suas próprias aplicações, não necessitando de profissionais da área nem para dar aquele “toque final”.

    Sendo assim, o usuário usufrui de uma interface com todas as opções presentes na ferramenta, podendo criar telas, gráficos e regras de negócio. Nas plataformas mais famosas, todo o desenvolvimento é feito por arrastar e soltar os itens de uma aba de opções para a tela em que será preenchida com o que está sendo arquitetado.

    Quem é o desenvolvedor de aplicação de Low-Code?

    O desenvolvedor de aplicação de Low-Code não precisa ser necessariamente alguém especializado em tecnologias ou em programação. Aliás, este é um dos pontos positivos mais fortes da ferramenta: possibilitar que qualquer pessoa desenvolva uma aplicação.

    Com isso, a equipe de TI não fica sobrecarregada, podendo ser acionada apenas quando a aplicação estiver terminada para que o código e o desempenho sejam avaliados. Ainda sobre o desenvolvedor de aplicação de Low-Code, ressalto que a ferramenta foi feita para atender aos usuários comuns e aos desenvolvedores profissionais, mas sempre lembrando que há uma curva de aprendizado na área de tecnologia que exige tempo e esforço.

    O diferencial do desenvolvedor de TI ao usufruir da ferramenta é o de poder personalizar o software. A própria plataforma permite personalizações como incluir serviços de terceiros, fontes de dados e camadas adicionais e segurança para o software, que são pontos que precisam de mais experiência e conhecimento para aplicar.

    Devo esquecer as empresas ou equipes internas de desenvolvimento?

    Após muitas avaliações e análises do potencial das plataformas Low-Code, é notável que para aplicações pequenas e de simples complexidade elas suprem muito bem a necessidade, além de evitar gastos financeiros que a empresa teria com o desenvolvimento tradicional.

    Todavia, para aplicações muito complexas, ela perde um pouco dos seus pontos positivos, especialmente pela dificuldade de integrar essa ferramenta na sua empresa, caso haja outros softwares já envolvidos na gestão. Adicionalmente, talvez também não seja possível deixar o software a cara da empresa, como muitos gostam normalmente.

    Concluindo

    A evolução é constante, muitos profissionais da área se sentem ameaçados pelo conceito de Low-Code, que visa sempre diminuir esforço, tempo e custo para o cliente. Isso, claro, acaba afetando também o desenvolvedor, mas o mesmo deve se adaptar ao mercado, como acontece com qualquer área. Dentro do Fusion Platform, nós também temos esse conceito, sendo que o usuário pode personalizar itens como:

    • Criação de Formulários (seleção dos campos nas atividades);
    • Modelagem do BPM;
    • Regra de Interface, Fórmulas e Filtros no novo Wizard;
    • Modelador de e-mail;

    Desse modo, o próprio usuário pode desenvolver todos os processos de gestão empresarial, criando os campos que são necessários, fluxo e regras do que deve acontecer. Tudo isso de forma dinâmica.

    Você sabe a diferença entre Low-code e No-code? Se liga nesse vídeo que a gente explica pra você:

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