Tag: Inovação

Internet of Things (IOT), Indústria 4.0, Cloud Computing, Social Business, Big Data e Inteligência Artificial (IA). Conheça como as tecnologias alteram cenários, trazendo inovação aos negócios.

  • Conheça a metodologia Scrum e saiba quando utilizá-la

    Conheça a metodologia Scrum e saiba quando utilizá-la

    Scrum é uma metodologia ágil para planejamento e gestão de projetos de software. Sua principal função é o gerenciamento de projetos, sendo que um scrum bem aplicado permite aumentar a velocidade de entrega dos projetos, ao mesmo tempo que possibilita a criação de produtos com um valor de qualidade maior.

    A metodologia scrum se destaca  por ser simples de implementar e por abordar os desafios de gestão que preocupam as equipes de desenvolvimento. Para conhecer mais sobre ela, invista alguns minutos neste artigo.

    Como a metodologia Scrum funciona na prática?

    A metodologia scrum é utilizada no mundo todo por várias empresas. Ela não apenas facilita a definição de projetos e objetivos, como também ajuda a cumprir prazos estabelecidos.

    No Scrum os projetos são divididos em ciclos, conhecidos por sprints. Em uma equipe scrum existem três papéis muito importantes:

    • Development Team: composta por toda a equipe de desenvolvimento. Não é preciso e não existe necessariamente uma divisão entre papéis tradicionais, como por exemplo programador, designer, analista de testes ou arquitetos, todos trabalharão juntos para completar as sprints.
    • Product owner: trata-se do dono do produto ou projeto que vai ser trabalhado. É a pessoa responsável em definir os itens do product backlog e priorizar nas sprints. Enquanto a equipe se compromete a executar as atividades definidas na sprint, o product owner se compromete a não trazer novos requisitos para a equipe no período da execução da Sprint. É ele também quem define quais requisitos farão parte do product backlog e quais devem ser abordados e feitos pela equipe.
    • Scrum master: é o papel mais importante do scrum. O scrum master deve conhecer e dominar muito bem as práticas do scrum. Seu papel não é o de um gerente ou um chefe. Ele interage como um líder de projeto ou como facilitador dentro do time, devendo sempre estar à disposição para o time de desenvolvimento e para o product owner, apoiando todo o andamento do projeto.

    Outras funções do scrum master incluem realizar ligação entre o product owner e a equipe, ser responsável em realizar e organizar reuniões, fazer o acompanhamento do projeto e suas sprints, certificar-se que cada integrante da equipe está se desenvolvendo corretamente durante a sprint e verificar se cada integrante possui todas as ferramentas necessárias para cumprir seu desenvolvimento do melhor modo e com qualidade.

    Backlog

    No scrum é utilizado o product backlog, um registro que contém todos as funcionalidades do produto e o que deve ser desenvolvido. No product backlog é criado a release backlog, a qual refere-se a todos os requisitos do product backlog que devem ser trabalhados, dependendo da prioridade de cada item.

    Metodologia scrum

    O release backlog é um ponto para a criação da sprint backlog, que irá representar o tempo que cada tarefa levará para ser desenvolvida/concluída.

    O scrum sugere que todos os projetos avancem por sprints que não devem ter mais de um mês (o ideal é que cada sprint leve de uma ou duas semanas).

    O processo scrum costuma ser controlado em um quadro onde é possível ver todas as tarefas sendo  desenvolvidas,  as que foram trabalhadas, as que precisam ser verificadas ou testadas e as que estão concluídas.

    Outros pontos sobre Scrum

    Detalhando um pouco mais sobre o Scrum, conforme a imagem abaixo teremos um processo que irá iniciar com o product backlog e após irá para sprint planning.

    Sprint planning

    Product backlog: são todas as funcionalidades a serem desenvolvidas, ou seja, é uma lista com todas as funcionalidades a serem implementadas em um produto. O conteúdo desta lista é definido pelo product owner. Todos os itens do product backlog devem ser priorizados por valor de negócio.

    Product backlog SCRUM

    Sprint Planning: é realizada uma reunião com todo o time de desenvolvimento antes de iniciar uma sprint. Nessa reunião, o product owner apresentará para todo o time os itens prioritários do product Backlog e os times de desenvolvimento selecionam os itens que farão parte da sprint.

    Sprint backlog: é uma lista de tarefas tiradas do product backlog pelo time, definidas pelo product owner. O time definirá o tempo que será necessário para finalizar as várias funcionalidades

    Sprint: é realizada em um período dentro do qual um conjunto de atividades de um projeto deverá ser executado. Esse período pode variar de uma até 4 semanas dependendo do projeto que será executado, mas o recomendado é que as sprints não passem de duas semanas.

    Sprint SCRUM
    • Durante uma sprint nenhuma alteração que colocaria o risco da sprint é feita.
    • Metas de qualidade não diminuem.
    • O escopo é esclarecido com o dono do produto.

    O uso de sprints melhora a classificação de prioridades do projeto. Isso é algo muito útil em atividades mais complexas ou que envolvam um time com um número maior de pessoas, como por exemplo a classificação de prioridades terá a participação de toda a equipe.

    No início de cada sprint faz-se um sprint planning meeting, ou seja, uma reunião de planejamento com o product owner na qual a equipe seleciona as atividades que ela será capaz de implementar no período de cada sprint.

    Scrum team: é toda a equipe de desenvolvimento. Essa equipe é responsável por executar todas as ações definidas para o sprint backlog. O scrum team deve apenas possuir um product owner, ou seja, deve ter apenas uma voz de decisão sobre o produto.

    Daily scrum: é a reunião diária que tem como objetivo integrar conhecimento sobre o que foi feito no dia anterior visando identificar impedimentos e priorizar o trabalho. Todos os membros da equipe devem participar da reunião diária.

    Daily Scrum

    Daily scrum não deve ser utilizado como reunião para resolução de problema. Esse tipo de questão deve ser levantada e ser levada para fora dela.

    Sprint review: no final da sprint é realizada uma revisão para inspecionar, incrementar e adaptar o backlog do produto se for necessário. Durante a revisão da sprint a equipe scrum analisa sobre tudo o que foi feito.

    Após a análise são verificadas as próximas ações que podem ser tomadas. Esta reunião é utilizada apenas para análise e incremento do produto, bem como para obter feedback e promover a colaboração do time.

    A revisão da sprint inclui os seguintes elementos.

    • Toda equipe scrum e convidados do product owner;
    • Dono do produto explica todos os itens do backlog do produto que foram concluídos e o que não foi concluído.
    • Equipe de desenvolvimento discute o que foi feito na sprint e o que ocorreu bem. É informado quais problemas teve e como os mesmos foram resolvidos.
    • O dono do produto discute o backlog e como está. São discutidas as novas datas de entrega com base no progresso que teve em cada item da sprint.
    • Todo o time colabora na revisão para que forneça informações importantes para o novo planejamento da nova sprint.

    Sprint retrospective: tem como objetivo verificar as necessidades de adaptações no processo do produto. A sprint retrospective ocorre depois da revisão da sprint e antes da reunião de planejamento da próxima sprint.

    Pontos negativos sobre o scrum

    Existem alguns pontos negativos na metodologia scrum. São eles:

    • O foco na qualidade de cada uma das etapas pode, infelizmente, levar a atrasos;
    • Podem existir falhas de documentação, por exemplo por conta do projeto ser dividido em partes pela gestão;
    • Algumas vezes pode ocorrer que alguma etapa não esteja documentada corretamente;
    • A segmentação do scrum e a tentativa de ser ágil às vezes pode perder a perspectiva do projeto, nisso podendo levar a falhas na hora de encaixar as sprints concluídas.

    Conclusão

    Os desafios enfrentados no dia a dia para um time de desenvolvimento infelizmente acabam dificultando a entrega e a qualidade de um produto. A metodologia scrum, se for bem aplicada e respeitar cada papel, irá agregar na qualidade e na entrega do produto.

    O scrum ajuda a diminuir o risco de fracasso do projeto, uma vez que, desde o início, a cada entrega de sprint é possível testar, rever os pontos não desejáveis e corrigi-los. Desse modo, a equipe acaba aprendendo com falhas e evoluindo para que na próxima sprint os mesmos erros não sejam cometidos.

    Como você conseguiu observar, o scrum é uma metodologia que exige quebras de paradigmas no que diz respeito ao gerenciamento de projeto. No entanto, tenha em mente que a metodologia acaba trazendo benefícios para a empresa e para a equipe, que resumidamente são:

    • Criação de uma cultura de comunicação;
    • Organização da gestão de cada projeto;
    • Motivação (a sensação de realização e de conclusão do trabalho é antecipada por etapa, isso ajuda a manter a animação o foco sobre o projeto); e
    • Redução nos bugs e falhas nos softwares (a metodologia scrum tem foco na qualidade).

    Confira 6 dicas para organizar suas tarefas e de sua equipe clicando aqui.

  • A importância da Tecnologia da Informação (TI) nas empresas

    A importância da Tecnologia da Informação (TI) nas empresas

    Algumas palavras de “ordem” hoje nas empresas são: agilidade, eficiência e experiência do seu usuário (UX). Todos os adjetivos citados só conseguirão ser alcançados quando as organizações tiverem uma alocação inteligente de recursos frente aos seus processos. Em outras palavras: quando tiverem o entendimento correto do setor de Tecnologia da Informação (TI), gerando aí uma maior produtividade das suas equipes e reduzindo o tempo de respostas aos seus clientes.

    Todos os dias surgem novas demandas dentro das empresas que, por sua vez, precisam se estruturar para oferecer o que o mercado está pedindo. Isso é ditado pelo processo digital, o qual depende totalmente do setor de TI, seja para inovações tecnológicas ou para suas logísticas.

    Nesse cenário, soluções ECM são de suma importância para o gerenciamento e total rastreabilidade dos processos. Entenda alguns aspectos importantes nesse meio empresarial contemporâneo.

    Pontos sobre Tecnologia da Informação e processos

    1. Para atender a esta nova necessidade, as empresas têm precisado adaptar seus processos, tornando-os mais ágeis, com fluxos automatizados e comunicação fluida entre departamentos e com os clientes e fornecedores. A solução que poderá apoiar de forma assertiva essa necessidade é uma Solução ECM, a qual é “modelada” conforme o negócio de cada cliente, independente do segmento de mercado em que atua. O atendimento dessas necessidades se faz através do setor de Tecnologia da Informação.
    2. Redução de desperdícios. Talvez esse seja o maior impacto que o setor de TI possui nas empresas. Uma vez atingido esse objetivo, a Tecnologia da Informação conseguirá eliminar gargalos em processos, simplificará seus fluxos (Workflow/BPM), reduzirá falhas e tempo de respostas aos seus clientes, unificará suas bases de dados (plataforma ECM) e, consequentemente, reduzirá os custos da organização.
    3. Tecnologia da Informação não é mais apenas um centro de custo, mas sim um setor que sustenta o negócio. Hoje já é muito comum escutar em empresas que visito afirmações do tipo, “TI é o nosso setor estratégico de negócio”. Esse é um conceito que tende a se estender para os mais variados segmentos de mercado.
    4. O papel do Gestor de TI é muito importante, pois, sem ele tudo pode ser colocado a perder. O mesmo exerce uma função primordial nas empresas, uma vez que é de sua responsabilidade propor novos métodos e ferramentas para sustentar processos operacionais e de gestão nas organizações. É ele que assume a responsabilidade de entender como funcionam os processos dentro da empresa para, então, apresentar soluções tecnológicas que atendam todo o levantamento realizado com relação aos processos analisados.
    5. Nessa nova cultura empresarial o setor de Tecnologia da Informação tem que ser “acolhido” e potencializado por parte de sua diretoria, pois, o empreendimento é feito de pessoas, e, sem elas, por mais que os processos estejam automatizados (Workflow/BPM) o negócio não irá “caminhar”. O capital humano estando confortável frente às tecnologias que estão surgindo, trará retornos positivos as empresas e não ameaças que hoje existem no dia a dia.
    6. Qualquer gestor que desejar “dar” uma entrega diferente, seja simples ou complexa, terá o envolvimento do setor de Tecnologia da Informação. Portanto, o sucesso de uma empresa (negócio) e uma área de TI eficiente são indissociáveis, um não consegue seguir sem o outro.

    Concluindo

    Todas as ambições de negócios dentro das empresas só conseguirão ser alcançadas se houver aprimoramento da gestão e otimização dos processos (ECM), ou seja, os objetivos só serão atingidos por meio de soluções tecnológicas. As ações estão acontecendo num curto intervalo de tempo e empresas e seus recursos humanos precisam se remodelar a todo momento. Resumindo tudo que foi apresentado, a relevância do setor de TI nas empresas é inquestionável.

    Para entender um pouco melhor como uma solução poderá atender sua necessidade de negócio, visite a página da Neomind e conheça um pouco mais da Solução Fusion Platform.


  • Conheça sobre o Dimensionamento de Hardware (Sizing)

    Conheça sobre o Dimensionamento de Hardware (Sizing)

    Ao adquirir um software ou implantar uma nova funcionalidade, as primeiras perguntas geralmente são: “Qual o requisito de hardware?” ou “O servidor vai suportar?”.

    Outro cenário bastante comum no qual aparece a mesma dúvida é quando o gestor de TI começa a receber reclamações de usuários de seu sistema em relação ao desempenho da aplicação. Neste momento, surge o questionamento: “Será que o ambiente (servidor) ainda está adequado para a demanda atual?”.

    Essas são dúvidas muito comuns, todavia, como diversos fatores estão envolvidos, encontrar as respostas não é algo tão simples assim. Para isso, é necessário entender sobre Dimensionamento de Hardware, também conhecido como Sizing.

    Antes, temos que entender sobre Dimensionamento de Software

    Para falarmos de Dimensionamento de Hardware, é importante abordarmos rapidamente o Dimensionamento de Software, o qual consiste em transformar em números o tamanho de um software (ou parte dele). Neste caso, estamos falando em determinar o tamanho do software, mas não o esforço que foi empregado para desenvolvê-lo.

    Algumas maneiras de medir o tamanho de um software são analisando seus Pontos de Função ou FP’s (Function Points), ou LOC (Lines Of Code). O tamanho e complexidade do software são fatores muito importantes para o dimensionamento do hardware que irá executá-lo.

    E o que é Dimensionamento de Hardware?

    Uma definição simples de Dimensionamento de Hardware é: “Uma aproximação dos recursos de hardware necessários para suportar uma implementação de software”.

    Como qualquer modelo teórico, vale frisar que este é uma aproximação da realidade, mas que costuma alcançar resultados muito mais sólidos do que um simples “chute”. Mais importante ainda: suportar a implementação de software determina que ele deve não só ser executado, mas executado com performance adequada e que atenda às necessidades dos usuários.

    Dependendo do projeto ou do software a ser implantado, várias abordagens podem ser adotadas quando tratamos de Dimensionamento de Hardware, sempre envolvendo análise de fatores como:

    • Complexidade das rotinas: é possível prever quais rotinas mais complexas irão demandar mais processamento (aqui se aplica muito o dimensionamento de software);
    • Quantidade de usuários: quanto mais usuários (principalmente concorrentes) maior será o volume de processamento e armazenamento necessário;
    • Volume de transações: sabendo que a função “X” tem determinada complexidade, qual será o volume de vezes que ela será utilizada?;
    • Armazenamento: quanto espaço ocupará cada transação iniciada (falando de armazenamento de banco de dados e disco rígido);
    • Crescimento: quanto se espera de crescimento no uso do software para os próximos anos? Qual a margem segura para termos sobras de hardware que façam o investimento durar mais?

    Estes fatores podem ser estimados do zero ou baseados em fatos históricos de um ambiente já existente. A composição destes fatores permite estabelecer uma base de cálculo que vai determinar o hardware adequado, assim justificando e protegendo o eventual investimento em hardware.

    Conforme mencionado, cada projeto de software pode exigir uma abordagem diferente para dimensionamento. Provedores de hardware e software têm diversos artigos do correto dimensionamento dos seus produtos (servidores dell, bancos de dados SQL Server e Oracle, por exemplo).

    Existem também metodologias de mercado para este tipo de medição. Uma delas é a TPC-C (Transaction Processing Performance Council – Benchmark C), a qual inclusive utilizamos comumente nos projetos de Sizing de nossos clientes.

    Metodologias para Dimensionamento de Hardware

    A metodologia TPC-C é um benchmark de processamento de transações online (OLTP). Neste tipo de benchmark são medidas combinações de servidores e bancos de diversos fabricantes, determinando o índice de transações que os mesmos suportam.

    Simplificando, na metodologia, em posse dos diversos fatores expostos acima, é possível calcular um índice necessário aproximado. Com isso é possível comparar este cálculo com equipamentos já medidos e determinar qual hardware será necessário, ou se o hardware atual está de acordo.

    Outro método de Dimensionamento de Hardware é realizar testes sintéticos com a aplicação através de testes de carga. Pode-se usar uma ferramenta de testes automatizados (JMeter, por exemplo) para verificar quantas transações simultâneas um processador simples suporta.

    Se a estação simples suporta 100 transações simultâneas, mas for determinado que teremos 1000 usuários concorrentes, sabemos que para atender 1000 transações simultâneas devemos ter um equipamento com 10 vezes o poder computacional do processador simples. Este tipo de estudo (prévio quando a aplicação ainda não foi implantada) pode ajudar bastante em um correto dimensionamento de hardware.

    Concluindo

    Como podemos ver, determinar a capacidade necessária de processamento para um software pode ser uma tarefa complexa, e somente respeitar os requisitos mínimos passados por um fornecedor pode não trazer os resultados desejados. Também é importante frisar que não existe uma fórmula mágica, mas felizmente contamos com uma série de instrumentos que podem ajudar.

    Independentemente do método utilizado, deve-se realizar um Dimensionamento de Hardware adequado para que as soluções de software consigam ter o desempenho necessário e garantir uma maior produtividade da empresa.

    Para nossos clientes, nossa equipe de consultoria oferece serviços de Sizing para ambientes Fusion. Caso necessite, ficaremos felizes em tirar todas as suas dúvidas.


    Deixe seu e-mail e receba novos conteúdos da Neomind:


    Referências:
    TPC, KuscholarWorks, Wikipedia, Wikipedia

  • O que impede sua empresa de entrar na Transformação Digital?

    O que impede sua empresa de entrar na Transformação Digital?

    Que a Transformação Digital está na pauta das empresas antenadas, isso já é perceptível. Dentre os itens da agenda estão questões como Big Data, Cloud Computing, Inteligência Artificial, Social Business, Indústria 4.0 e Machine Learning.

    Temos percebido que empresas passaram a pensar na chamada Digital Transformation em uma esfera voltada às novas tecnologias. A questão toda é que sua adoção vai muito além de “apenas” começar a adotar conceitos de Big Data e Inteligência Artificial, por exemplo. Em outras palavras: a Transformação Digital não se trata somente de novas tecnologias. Se assim fosse, veríamos muitas empresas atuando nessa nova era. Todavia, não é isso o que vislumbramos hoje em dia.

    E isso não é uma visão somente nossa, da Neomind. É o que apresentou um estudo do Digital Transformation Institute intitulado Understanding digital mastery today: Why companies are struggling with their digital transformations (Entendendo o domínio digital hoje: por que empresas estão lutando com a transformação digital?).

    Os problemas da Transformação Digital

    Quando falamos em problemas da Transformação Digital não estamos nos referindo aos seus pontos negativos, mas sim trabalhando com a questão: “Por que empresas ainda não conseguem entrar na Transformação Digital, mesmo entendendo sua importância?”. Este paradoxo é citado pela pesquisa do Digital Transformation Institute, que estima que o total gasto em tecnologias para esse fim – e aí entram itens como hardware, software e serviços – alcançará a marca dos $ 2 trilhões em 2021.

    A questão, levantada pela pesquisa, é: todo esse investimento será transformado em resultados? Vários pontos são abordados, mas aqui nos focaremos em dois: nas capacidades digitais e na liderança.

    • Capacidades Digitais: diz respeito ao uso da tecnologia para mudar a forma como a empresa interage com os clientes, opera seus processos internos ou define seus modelos de negócio.
    • Capacidades de Liderança: ter líderes capazes de criar as condições necessárias para conduzir a transformação.

    Ao falarmos que os problemas da Transformação Digital têm a ver com as capacidades digitais é porque, conforme aponta a pesquisa, dos 1.300 executivos entrevistados (em mais de 750 organizações), apenas 39% falaram que suas empresas utilizam tecnologia para mudar a forma de interação com os clientes, melhorar a operação dos processos internos e redefinir modelos de negócios.

    Já sobre as capacidades de liderança, uma pesquisa conduzida em 2012 pelo mesmo Digital Transformation Institute concluiu que 45% das empresas as possuíam. Em 2018 esse número caiu para 35%. Outros pontos apontados pelo estudo:

    • 35% das organizações em 2018 monitoram suas operações em tempo real (contra 48% em 2012);
    • 29% das organizações estão modificando processos operacionais para se adaptar rapidamente a mudanças externas (contra 34% em 2012);
    • 38% das organizações fornecem ferramentas e recursos para que seus funcionários possam colaborar digitalmente entre si (contra 70% em 2012).

    A pergunta que não quer calar é:

    Qual é o motivo para quedas nos números (e como resolver)?

    Poderíamos ter várias respostas para essa questão, e a pesquisa aponta algumas teorias. No entanto, para este artigo centraremos em duas:

    • Falta de engajamento e
    • Falta de visão

    Como resolver a falta de engajamento?

    Muitos associam a falta de engajamento com uma liderança pouco motivadora, o que pode fazer todo o sentido dependendo do caso. No entanto, os problemas da Transformação Digital podem estar centrados no fato de empresas não fornecerem aos seus colaboradores as ferramentas necessárias para que eles possam adotar iniciativas digitais.

    Por exemplo: quem sabe não esteja na hora de colocar em prática o Social Business? Isso significa possibilitar um ambiente em que haja colaboração entre colaboradores, clientes e parceiros, isto é, colocando pessoas em primeiro plano. (explicamos mais neste artigo).

    Citamos que apenas 38% das organizações monitoram suas operações em tempo real, certo? Pois bem, com a implantação de metodologias de gestão focadas em planejamento e acompanhamento de metas com colaboração, transparência e agilidade na troca de informação esse número com certeza seria muito maior.

    Ainda seguindo a linha da falta de engajamento como um dos problemas da Transformação Digital, e partindo do raciocínio que empresas precisam fornecer aos seus funcionários ferramentas para que eles adotem iniciativas digitais, temos que falar da automação de processos.

    Como comentamos em outra oportunidade, a mudança dos processos operacionais é um dos pilares da transformação digital, pois possibilitará a rápida entrega de produtos e serviços, o aumento da transparência e segurança dos processos e diversas outras vantagens. Ao falar de automação de processos, o BPM (Business Process Management) é um recurso chave.

    A falta de engajamento pode acontecer também pela não adoção de indicadores. Para entender, indicadores funcionam como um indicativo do desempenho tanto da empresa como um todo quanto de cada um de seus colaboradores.

    Todos nós trabalhamos melhor quando temos uma meta a atingir. São justamente os indicadores que nos mostram como estamos caminhando rumo aos objetivos que devem ser alcançados. Caso você precise de um auxílio na definição e acompanhamento de metas e objetivos a serem atingidos para a Transformação Digital, a

    Ainda sobre metas, o Fusion Platform, software desenvolvido pela Neomind, tem um módulo exclusivo para lidar com Gestão de Metas e Estratégias. Ao utilizar o sistema sua empresa trabalhará com metodologias de gestão como OKR, BSC, entre outras, e terá maior colaboração e transparência, além de ter agilidade na troca de informação.

    Falta de visão

    Agora entramos em um terreno menos tecnológico, mas igualmente essencial. Não tem como tratarmos dos problemas da Transformação Digital sem que empresas percebam da importância de alinharem toda a organização em torno de uma visão comum.

    Aqui entra a importância da liderança, que tem um papel fundamental para disseminação dessa visão. Lembre-se: são os líderes que atuam como os incentivadores da Transformação Digital.

    Para fechar

    Neste artigo buscamos trazer a pesquisa Understanding digital mastery today: Why companies are struggling with their digital transformations para entrarmos na discussão sobre os problemas da Transformação Digital relacionados a sua adoção.

    Como dissemos, percebemos o quanto falta para que ela ainda seja uma realidade e buscamos aqui abordar dois pontos principais. Também elencamos algumas soluções, entendendo duas palavras-chave como essenciais nesse processo: colaboração e transparência. Aliás, estes são dois itens que prezamos aqui na Neomind, por isso o Fusion Platform oferece ambos os conceitos, os quais podem ser testados por 15 dias gratuitamente. Tem interesse em conhecer mais? e comece seu teste mesmo.

    Caso você queira saber mais, ou queira entrar na discussão dos problemas da Transformação Digital, deixe um comentário. Aproveite que está aqui e fique por dentro de outros artigos do nosso blog.


  • Realidade Virtual ou Realidade Aumentada? Explicamos aqui!

    Realidade Virtual ou Realidade Aumentada? Explicamos aqui!

    Nos dias atuais vemos comumente notícias e matérias sobre estas duas tecnologias, geralmente associadas a itens de entretenimento (jogos, filmes, etc.). No entanto, as aplicações para Realidade Virtual e Realidade Aumentada vão muito além.

    Para conhecermos as possibilidades de aplicação de cada uma delas é importante nos aprofundarmos um pouco sobre os conceitos e, principalmente, analisarmos os pontos em que convergem e aqueles em que se diferem.

    O que é Realidade Virtual?

    A Realidade Virtual (RV) é uma tecnologia de interface entre homem e máquina com o objetivo de recriar a sensação de realidade para um indivíduo dentro de um ambiente fictício gerado por computador. Esta imersão acontece em tempo real com uso de equipamentos computacionais (computadores, óculos de realidade virtual, headsets completos, entre outros).

    A tecnologia de realidade virtual vem sendo discutida e aplicada há muito tempo. Na década de 50 a força aérea americana já construía simuladores para testes. Em 1962, Morton Heilig (cineasta e especialista em Realidade Virtual) inventou o Sensorama, cabine que combinava filmes 3D, sons, vibrações mecânicas, aromas e ar movimentado por ventiladores, causando uma imersão bastante convincente de um passeio de motocicleta no Brooklyn.

    Como basicamente tudo que é inventado, a Realidade Virtual começou com aplicações militares (veja os simuladores da década de 50) e vem ganhando mais destaque nos dias de hoje, pois está se tornando acessível ao grande público devido à diminuição de custo dos equipamentos (como óculos de Realidade Virtual) e aumento do poder computacional para gerar a imersão necessária.

    Falando sobre custos, encaramos como componente principal os óculos de Realidade Virtual, os quais são encontrados no exterior a preços de U$ 200 (Oculus GO), U$ 400 (Oculus RIFT) e U$ 500 (HTC Vive), sendo que estes últimos estão na faixa de R$ 5.000,00 no Brasil. Importante citar o Playstation VR, o qual desempenha papel importante na indústria do entretenimento por ter popularizado (relativamente, é claro, pois custa U$ 359) a tecnologia neste meio.

    Deve-se levar em consideração também que a maioria dos óculos de Realidade Virtual exige a presença de um computador para gerar as imagens necessárias para renderizar o ambiente virtual, ou seja, um bom computador associado a uma boa GPU (Graphic Processing Unit) faz-se necessário para uma experiência convincente.

    Aplicações da Realidade Virtual em empresas

    Uma vez elucidados os conceitos e equipamentos envolvidos, vamos exemplificar algumas aplicações no mercado corporativo.

    • Treinamentos: treinamentos de segurança, por exemplo, nos quais o aluno aprende primeiro em um ambiente virtual e controlado para depois interagir com uma fábrica real.
    • Provas de conceito: simulação da ergonomia de um novo carro através da simulação do cockpit do mesmo, ou então de um novo produto interagindo com ele virtualmente.
    • Educação: faculdades utilizam a Realidade Virtual para aprofundar ensinamentos sobre medicina, engenharia e outras áreas, tornando a teoria mais real e ajudando a absorção do conteúdo pelos alunos.
    • Manutenção remota: indústrias utilizam esta tecnologia para que um técnico possa consertar remotamente um equipamento usando um operador real como “interface”.
    • Tratamento de dor: em parcerias com universidades empresas já conseguem aliviar a dor de pacientes tirando o foco deles na realidade (através de jogos de Realidade Virtual, por exemplo) enquanto um procedimento médico é realizado.

    O que é Realidade Aumentada?

    A Realidade Aumentada (RA), como o próprio nome sugere, busca a integração de informações virtuais com a realidade “real”, ou seja, aquela que nossos olhos veem. Um pouco diferente da Realidade Virtual, o mundo da RA não é criado totalmente, mas sim adicionado ao nosso mundo.

    A história da Realidade Aumentada é um pouco mais recente. As primeiras aplicações militares datam de 1992, com o sistema Virtual Fixtures, no laboratório Armstrong da força aérea americana. Este sistema utilizava lentes e braços robóticos que davam a impressão que os braços do robô eram os braços do humano usuário.

    Nos últimos anos temos visto a popularização desta tecnologia através de Gadgets, como o portátil Nintendo 3DS que conta com jogos e cartões de Realidade Aumentada, celulares e tablets. Um exemplo bem conhecido desta tecnologia foi  a febre Pokémon GO.

    Atualmente a Realidade Aumentada trabalha com reconhecimento de superfícies como um QR Code, por exemplo, e permite as câmeras captarem altura, profundidade, inclinação e diversos fatores do ambiente real para que a imagem possa ser processada e os itens virtuais sejam inseridos na tela de maneira convincente. Tecnologias mais avançadas não precisam deste tipo de artifício, reconhecendo coisas reais como paredes, cantos, objetos e pessoas, e realizando o aumento da realidade com objetos gerados em tempo real na tela (ou lente, no caso dos óculos de Realidade Aumentada).

    Do ponto de vista de dispositivos, temos vários que permitem experimentar a Realidade Aumentada, alguns exemplos:

    • Celulares e tablets: como estes têm câmeras para filmar o mundo real, tela para visualização da Realidade Aumentada e processadores para gerá-la, hoje são os meios mais populares de interagir com esta tecnologia.
    • Óculos e lentes: como principal exemplo temos o Google Glass, óculos aparentemente comuns, mas que projetam informações de Realidade Aumentada. Uma aplicação simples para isso seria o Google Maps, onde é possível mesclar o mapa com as ruas de verdade, nas lentes dos óculos.
    • HUD: heads-up display. Tecnologia utilizada em caças para projetar informações relevantes no vidro da aeronave. Hoje em dia é usada em diversos modelos de automóvel para indicar informações como velocidade, autonomia, navegação por GPS, entre outras.

    Em termos de custos, a Realidade Aumentada também é mais flexível do que a Realidade Virtual, pois qualquer celular já permite a aplicação da RA. Dispositivos como óculos de RA são encontrados por cerca de U$ 300 a U$ 400 (linha Mirage da Lenovo, por exemplo).

    Aplicações da Realidade Aumentada em empresas

    Além do entretenimento, a Realidade Aumentada vem mostrando seu espaço também no ambiente corporativo, como por exemplo:

    • Videoconferências: além de transmitir a imagem dos envolvidos, é possível renderizar gráficos e plantas em 3D, enriquecendo o conteúdo.
    • Catálogos interativos: produtos e peças saltam aos olhos do consumidor. O simples catálogo de papel vira um catálogo interativo quando o cliente tem um dispositivo/aplicativo capaz de interagir com Realidade Aumentada.
    • Protótipos: permite a visualização de protótipos em um ambiente real. Por exemplo, projetar um móvel 3D em um espaço ou uma peça virtual no cofre de um veículo.

    Para fechar: Realidade Virtual x Realidade Aumentada

    Em termos de disponibilidade e custo a Realidade Aumentada é mais simples, pois já é utilizada na grande maioria de celulares e tablets do mercado, enquanto que a Realidade Virtual necessita de óculos específicos e de poder computacional significativo.

    Na imersão elas têm propostas um pouco diferentes. A RV busca o resultado através da imersão mais profunda, já a RA aproveita o mundo real e insere novos elementos e informações.

    Apesar das diferenças entre elas vemos que ambas se complementam, pois buscam criar uma realidade enriquecida (parcial ou totalmente) e são tecnologias bastante atuais que devem ser escolhidas de acordo com o cenário de negócio a ser resolvido, levando em consideração os aspectos de cada uma.

    Ainda se tratando do cenário corporativo, tanto Realidade Virtual quanto Realidade Aumentada são pontos importantes da chamada Indústria 4.0, a qual podemos conhecer um pouco mais nos artigos:


    Leia mais sobre Inovação & Tecnologia aqui em nosso blog!

  • Qual a diferença entre Business Intelligence e Business Analytics?

    Qual a diferença entre Business Intelligence e Business Analytics?

    É muito comum surgir a dúvida: Business Intelligence (BI) e Business Analytics (BA) são a mesma coisa? Descrevem processos opostos um ao outro? Existem muitas palavras que são lançadas por aí no mundo de BI, portanto é muito fácil confundir alguns conceitos. Para facilitar a compreensão de toda essa nomenclatura, é importante pensar a respeito dos dados estratégicos do negócio, e como estes permeiam a organização.

    Sobre os dados estratégicos

    A governança corporativa tem utilizado dados estratégicos com maior frequência após a Segunda Revolução Industrial, quando avanços tecnológicos começaram a ser propagados mais rapidamente. Gradualmente, foi sendo introduzido um mercado que visava o treinamento, capacitação e fornecimento de dados estratégicos para as organizações que destes necessitavam, o que foi denominado então como consultoria de negócios.

    Esse mercado evoluiu em conjunto com a expansão da indústria até que, em meados de 1950, com o surgimento dos computadores comerciais, foi definido o início do Business Intelligence. Desde então, BI tem sido o termo cunhado para incorporar todas as atividades e objetivos da manipulação dos dados estratégicos de uma empresa.

    Business Intelligence e Business Analytics

    Assista ao webinar que fizemos sobre o tema!

    Qual a função dos sistemas de Business Intelligence?

    Em termos gerais, sistemas de Business Intelligence são utilizados para manter, otimizar e simplificar operações de diversos níveis. BI aprimora e preserva a eficiência operacional e auxilia empresas a aumentar sua produtividade organizacional.

    Softwares de Business Intelligence conferem muitos benefícios voltados à construção de laudos e análises de dados eficazes. É através dos mecanismos de visualização de BI (que incluem dashboards em tempo real) que gerentes e diretores podem gerar relatórios intuitivos e facilmente compreensíveis que contém dados relevantes para a tomada de decisões.

    É importante destacar que as ferramentas de BI podem analisar estatísticas operacionais e financeiras, identificando setores frágeis da organização, providenciando formas para tratamento destes problemas, e, desta maneira, direcionando a companhia a tomar decisões com foco nos dados, mantendo-a constantemente informada.

    Vale ressaltar também que grande parte das ferramentas de BI empregam a abordagem Online Analytical Processing (OLAP) para manipularem um volume significante de dados e executar análises complexas e multidimensionais.

    E o Business Analytics?

    Foi somente em 2008 que uma nova terminologia passou a ser utilizada para fins similares, graças a uma divisão mais especializada em Tecnologia da Informação de Business Intelligence: o Business Analytics.

    Um software de Business Analytics consegue explorar e analisar dados históricos e atuais, utilizando-se de análises estatísticas, Data Mining e até análises quantitativas para identificar tendências de negócio passadas. Através destas tendências, o sistema utiliza os dados para construir sua modelagem preditiva, a qual pode prever e, na maioria dos casos, preparar a organização para eventos futuros que não seriam esperados sem a utilização destas ferramentas. É possível sintetizar, portanto, que Business Analytics é o processo tecnológico que utiliza análises preditivas para resolver problemas antes de suas ocorrências.

    Muito parecido com o Business Intelligence, BA coleta e analisa dados, emprega análises preditivas e gera relatórios visualmente ricos em dashboards customizáveis. O objetivo destas funções é identificar e endereçar especificamente os pontos fracos da organização. Mas é aí que as similaridades terminam.

    Diferenças entre Business Intelligence e Business Analytics

    Enquanto são superficialmente similares, a diferença entre Business Intelligence e Business Analytics é clara:

    • BI utiliza-se de dados atuais e históricos para otimizar o desempenho no presente;
    • BA também se utiliza de informações acerca do histórico da companhia e do mercado, bem como do presente, no entanto a finalidade é preparar a empresa para o futuro.

    Tradicionalmente, as grandes empresas têm focado na manipulação de seus dados estratégicos ao redor de Business Intelligence. Contudo, com o crescimento de plataformas analytics mais preditivas, em partes, graças ao avanço de tecnologias como Machine Learning e Inteligência Artificial, esse cenário tem sofrido algumas mudanças. Até mesmo Business Intelligence está evoluindo por si só, agregando algumas capacidades previamente exclusivas de plataformas analytics.

    Business Analytics Neomind

    Acompanhe a Neomind no Facebook e no Linkedin, e fique por dentro dos nossos conteúdos sobre Gestão de Documentos, Processos, negócios, tecnologia e Transformação Digital!


  • Robotic Process Automation (RPA): o que os processos de negócio podem ganhar com a tecnologia?

    Robotic Process Automation (RPA): o que os processos de negócio podem ganhar com a tecnologia?

    À medida que a Transformação Digital ganha força, mais e mais se discute o papel da automatização de tarefas e da robotização. Junto com essa discussão, vem a pergunta: qual é o nosso papel, como seres humanos? Teremos espaço nesse novo mundo?

    Com a Transformação Digital, o papel dos seres humanos passa a ser muito mais voltado para atividades que tragam retorno financeiro para as organizações, como análises de dados, avaliações de tendências e tomadas de decisão. Já com os robôs fica a missão de assumir tarefas mais repetitivas e que possam ser programadas.

    Nesse contexto, temos o BPM (Business Process Management), uma ferramenta focada em reformular e melhorar os processos existentes para aumento de produtividade e eficiência. Além do BPM, outro termo vem ganhando força: RPA ou Robotic Process Automation.

    Muitos acham que BPM e RPA são a mesma coisa, ou que se tratam de tecnologias muito diferentes e que não se complementam. A proposta de hoje é desmistificar essas visões. Vamos conferir?

    O que é RPA?

    Robotic Process Automation - Neomind

    (Foto: Reprodução).

    Em português, Robotic Process Automation significa Automação de Processos Robóticos. Portanto, como o nome sugere, RPA refere-se às soluções de automação com softwares (robôs) que podem ser programados para executar tarefas. Um RPA automatiza os processos e atividades baseado em regras.

    Para um software RPA operar, ele deve aprender um fluxo de trabalho, ou seja, deve seguir etapas previamente ensinadas por um humano. O RPA pode, por exemplo, receber formulários, enviar uma mensagem de recebimento, verificar o formulário, arquivá-lo em uma pasta, atualizar uma planilha com o nome do formulário, com a data de arquivamento e assim por diante. Perceba que o Robotic Process Automation é projetado para reduzir a carga de tarefas repetitivas dos colaboradores, algo que vai ao encontro da Transformação Digital.

    E onde o RPA pode ser aplicado? Via de regra, é possível trabalhar com Robotic Process Automation em todos os tipos de processos baseados em regras. Sendo assim, a tecnologia pode ser vista na automação de processos da área financeira, no suporte de TI, no atendimento ao cliente, etc.

    Principais vantagens do RPA

    Ao automatizar os processos de fluxo de trabalho, um software de RPA ajuda a reduzir os tempos de ciclo do processo, fornece dados em tempos reais, aumenta a produtividade da equipe (que passa a focar-se em tarefas mais estratégicas) e diminui significativamente os erros.

    Por isso, os principais benefícios do RPA são:
    Melhor qualidade de serviços: redução de erros nos processos significam melhor atendimento ao cliente.
    Aumento de conformidade: os processos de negócios podem ser configurados para operar de acordo com os regulamentos e padrões existentes.
    Aumento de velocidade: os processos podem ser concluídos e entregues mais rapidamente.
    Tomada de decisão mais precisa: com um software programado para transmitir dados em tempo real e analisar tendências, analistas de dados conseguem ter melhores insights para tomadas de decisão mais precisa.
    Melhora a experiência do colaborador: uma vez que tarefas repetitivas passam a ser realizadas por um software, os funcionários sentem-se mais motivados ao saberem que possuem um papel mais estratégico.

    Conseguimos entender o que é e qual a importância do RPA. A pergunta que temos agora é: onde entra o BPM nessa história?

    BPM x RPA

    Para operar, o RPA utiliza recursos de Machine Learning combinados com Inteligência Artificial. Seu objetivo é o de automatizar as tarefas que tendem a ser repetitivas e rotineiras, assegurando que as mesmas sejam concluídas rápida e eficazmente (isto é, muito mais rápido e com mais eficácia que um humano faria). Exatamente por isso é que o RPA libera os humanos para exercerem funções que requerem inteligência emocional, raciocínio, estratégias e interação com o cliente.

    Já a definição de BPM diz que Business Process Automation é “uma abordagem sistemática para tornar o fluxo de trabalho de uma organização mais eficaz, mais eficiente e mais capaz de se adaptar a um ambiente em constante mudança”.

    Portanto, a abordagem de um software de BPM é voltada à simplificação dos processos de negócios a fim de alcançar a máxima eficiência. Essencialmente, o BPM cria uma estrutura sistemática para criação de soluções.

    Para melhor exemplificar as diferenças entre BPM e RPA, veja a seguir:
    • Um software de BPM tem como foco definir o modelo de gerenciamento de processos. Já o principal foco do RPA é automatizar a execução de processos de negócios para auxiliar a força de trabalho de uma empresa, seja ela humana ou virtual.
    • O BPM se concentra em reengenharia dos processos subjacentes, já o RPA é principalmente sobre redução de custos e headcount.
    • O Robotic Process Automation alcança seu objetivo com a automação de tarefas repetitivas, enquanto que o BPM define e implementa um modelo de gerenciamento de processos completo para a empresa.
    • Uma ferramenta de BPM é projetada para desenvolver, corrigir e manter os processos de negócio. Já RPA é aquela mão amiga automatizada que ajuda a liberar tempo e agilizar o trabalho.

    Conforme pudemos observar, existem diferenças entre BPM e RPA. No entanto, ao invés de serem tecnologias exclusivas, ambas são complementares, principalmente porque as duas têm o mesmo objetivo: o de tornar processos mais ágeis e precisos.

    RPA e BPM: qual escolher?

    Se o objetivo da sua empresa for apenas automatizar tarefas, então com certeza a opção mais acertada é o RPA. No entanto, se sua organização precisa transformar a estrutura de negócios com a reengenharia de seus sistemas e processos, sem dúvidas uma solução de BPM é a mais indicada.

    Mas, por que não fazer BPM e RPA andarem de mãos dadas? O segredo aqui está em saber a diferença entre ambas as abordagens para, então, extrair o máximo de cada uma. Por exemplo, você pode identificar um processo de fluxo de trabalho que possa ser otimizado com a modelagem de BPM e incluir o RPA em determinado ponto. Isso garantirá uma melhoria no desempenho, eliminação de erros e redução de custos.

    Concluindo

    Já sabemos dos ganhos de um software de BPM. Também vimos as vantagens de um RPA. Em muitos casos, uma empresa pode não ter recursos para implementar um processo sem nenhum envolvimento humano. É aí que, juntos, BPM e RPA podem automatizar partes do processo e trazer muito mais valor.

    No início deste artigo falamos sobre a Transformação Digital. Tanto as ferramentas de BPM quanto de RPA podem ser implantadas separadamente em iniciativas de transformação digital. Todavia, é a integração de ambas que possibilita às organizações entrarem com mais força nessa nova era.

    Esperamos que este artigo tenha sido útil. Fique à vontade para compartilhá-lo com seus colegas. E se você quiser conversar sobre RPA, deixe um comentário ou entre em contato. Aproveite que está aqui e acompanhe outros artigos do nosso blog.


  • O que é e por que sua empresa deve utilizar um sistema de SCM?

    O que é e por que sua empresa deve utilizar um sistema de SCM?

    Nos últimos dias a Microsoft anunciou que irá comprar a empresa GitHub, companhia que hospeda e desenvolve o software Git SCM, por 7 bilhões de dólares. Mas, você sabe o que é um sistema SCM?

    O SCM, ou Sistema de Controle de Código Fonte (do inglês Source Code Management), é um padrão utilizado por desenvolvedores de software para agilizar a criação e distribuição de códigos. A ideia do sistema é evitar a utilização de meios físicos (como CD ou até mesmo pen drive) para a distribuição dos fontes em desenvolvimento.

    As vantagens de utilizar um sistema SCM

    Uma das principais vantagens dos sistemas SCM é o controle de versões (SVC/CVS ou Source Version Control), que permite a visualização do histórico das alterações efetuadas no código, possibilitando, assim, encontrar quando um determinado problema foi resolvido e o que foi alterado para o resolver.

    Os sistemas de SVC guardam os fontes separados por “tags” e “branches”. Os tags representam versões onde o código foi enviado para produção e branches onde o mesmo está em ativo desenvolvimento.

    Normalmente, códigos guardados em tags não devem ser alterados, pois representam uma versão oficial do software naquele momento. Durante o processo de desenvolvimento, os fontes são enviados para as branches, que depois são juntadas (operação conhecida como merge) e viram uma tag.
    Outra vantagem é sua flexibilidade, podendo operar utilizando regras de negócio (como filtros e restrições) ou até mesmo integrar outros sistemas externos, como um sistema de Integração Contínua (CI) ou um sistema de gestão de chamados/helpdesk.

    Implementações disponíveis no mercado

    O padrão SCM possui diversas implementações que foram desenvolvidas ao longo dos anos por diferentes pessoas e empresas, cada uma para resolver um determinado problema que ocorria durante o desenvolvimento dos softwares principais.

    Alguns dos sistemas de controle de versão mais utilizados são:
    Subversion (ou SVN) – Desenvolvido pela Apache Software em 2000 (empresa criadora do Tomcat, servidor web utilizado por diversos sistemas WEB), inicialmente para substituir e melhorar o sistema CVS (Concurrent Versions System) que está em desuso.
    Git – Criado por Linus Torvalds (criador do Kernel Linux), em 2005. Foi desenvolvido para substituir o sistema BitKeeper que era utilizado para o controle de fontes do Linux na época, pois o mesmo havia sido privatizado. Atualmente, é o sistema mais famoso de controle de versão, sendo utilizado por milhares de empresas ao redor do mundo.
    Mercurial (ou Hg) – Criado por Matt Mackall em 2005 para ser uma alternativa ao BitKeeper, podendo ser utilizado por outros projetos open-source da época, como o próprio Linux.
    Team Foundation Server (TFS) – Desenvolvido pela Microsoft em 2005 para atender sua demanda interna (e externa) de controle de fontes, o sistema guarda os códigos em nuvem e é ligado diretamente com um sistema de Integração Contínua também desenvolvido pela empresa.

    Por que utilizar um sistema SCM?

    A guarda dos fontes é algo importante tanto para desenvolvedores de software quanto para empresas que possuem sistemas internos e customizações, uma vez que:
    • Organiza o armazenamento dos fontes, evitando discrepâncias de código (por exemplo: entre máquinas de dois desenvolvedores) e
    • Atua como backup ativo caso a máquina do desenvolvedor venha a falhar.

    Os sistemas de SCM também permitem a restauração e verificação de versões anteriores, fato que pode auxiliar na resolução de problemas de maneira eficaz (através da “desatualização” ou até mesmo por auxiliar a encontrar as alterações realizadas), assim, reduzindo o tempo off-line dos serviços em produção.

    Acima de tudo, os sistemas de SCM mantém os fontes organizados, já que separam diferentes versões do mesmo produto em diferentes “tags” e “branches”, possibilitando a rápida consulta e análise do progresso das alterações.

    Neomind

    Aqui na Neomind nós utilizamos o Subversion (SVN) e o GIT como ferramentas de controle de fontes, pois atendem de maneira eficiente a nossa demanda interna. A Neomind também oferece serviços de guarda dos fontes e customizações para seus clientes com processo de build e integração com testes automatizados. Para saber mais, entre em contato.


  • OCR: conheça a tecnologia que reconhece e auxilia a estruturação de dados

    OCR: conheça a tecnologia que reconhece e auxilia a estruturação de dados

    Imagine que você tenha que digitar um contrato impresso para que ele possa ficar armazenado no seu computador e com um Ctrl + L você consiga localizar informações contratuais rapidamente. Já pensou o trabalho que seria? Felizmente, hoje em dia isso não é mais necessário, pois graças ao avanço da tecnologia, é possível converter as imagens (sejam elas impressas ou em PDF, por exemplo) para o formato de texto.
    A esse processo – que precisa de um scanner ou câmera digital – damos o nome de OCR.

    O que é OCR?

    OCR é acrônimo para Optical Character Recognition ou, em português, Reconhecimento Ótico de Caracteres. Basicamente, trata-se de uma tecnologia que reconhece as letras e palavras em uma imagem, as armazena e as converte em um texto, facilitando assim a análise e manipulação desses dados.

    Quais são os benefícios do OCR?

    Imagine que você possua um documento digitalizado e precise manipular alguns dados deste arquivo. Nesse caso, apenas uma simples imagem não será suficiente para tornar esses dados manipuláveis em um software de Gestão de Documentos, por exemplo.

    A tecnologia OCR é uma ferramenta muito útil, pois graças a ela, todo documento digitalizado é tratado como um documento de texto. Isso permite que o texto do arquivo seja acessado com todas as funções dentro da ferramenta, possibilitando pesquisar pelo conteúdo utilizando palavras-chaves ou trechos através do mecanismo de busca no sistema. Caso possua um editor de texto, é ainda possível formatar e editar esse arquivo, achar rapidamente as partes desejadas para coletar os dados necessários (desse modo agilizando a busca e entrada de dados).

    Observe, então, que se você tiver uma imagem que não seja convertida pelo OCR, será necessário percorrer o arquivo inteiro sem ter uma maneira de buscar rapidamente o dado desejado. Isso porque o documento será apenas uma imagem e não um texto.
    Práticas que devem ser adotadas para a realização de um bom OCR

    Um bom OCR deve se preocupar com:
    • Alinhamento do texto na horizontal;
    • Texto nítido;
    • Coloração da imagem digitalizada de preferência em Tons de cinza (Grayscale), conhecido também como acinzentado;
    • Ajuste de Brilho, Contraste e Ruídos (se necessário);
    • Fundo (Background) do texto limpo;
    • Resolução em 300 DPI;


    A seguir detalhamos melhor:

    Alinhamento
    O texto deve estar o máximo possível alinhado na posição horizontal, pois nem todas as ferramentas OCR possuem um detector e corretor de ângulo (conhecido como deskew). Sem esse corretor a informação pode não ser reconhecida por conta do ângulo;

    OCR

    Texto
    A coloração recomendada para a digitalização é em tons de cinza, pois muitos documentos possuem algumas tonalidades que prejudicam a precisão da leitura por causa do pouco contraste. Arquivos digitalizados em preto e branco puro ou verdadeiro acabam saindo conforme ilustra a imagem abaixo:

    Importante: caso haja um sombreamento ou brilho no texto, o mesmo ficará ilegível no processo de conversão.

    Ajustes
    Alguns scanners possuem a opção para ajustar brilho e contraste, além de remover os ruídos (borrados, marca d’água, palavras da página inversa etc) manualmente. Isso ajuda em deixar a imagem mais nítida e com um fundo limpo, conforme ilustrado abaixo:



    DPI
    A sigla DPI (dots per inch ou pontos por polegadas) é a medida utilizada pelos fabricantes de impressora para determinar a resolução da imagem impressa, ou seja, o número de pontos existentes em uma polegada (2.54 cm). Sendo assim, quanto maior o DPI mais detalhada será a imagem.

    DPI




    O tamanho ideal para arquivos contendo textos é de 300 DPI. Como mostra a tabela abaixo, o maior ponto de precisão é de 88% e o menor tempo com essa qualidade é de 16,5s. Isso acontece pois nessa resolução é obtido o mínimo de detalhamento necessário e após isso não há uma melhora na precisão para a leitura dos caracteres. Todavia, o tempo para essa leitura aumenta pois existem mais pontos por polegadas a serem lidos.

    O Futuro?

    Para melhor atender aos problemas reais dos usuários, estamos cada vez mais entrando no campo da Inteligência Artificial, que em um futuro não muito distante atuará em todos os sistemas. Imagine tirar a foto de um documento e enviá-lo para um sistema que automaticamente colete as informações necessárias e realize todas as ações necessárias, tais como: preencher um formulário com esses dados, iniciar um processo e notificar os interessados em tempo real? É isso que podemos esperar da evolução do OCR.


    Sua empresa ainda perde tempo pesquisando por dados não estruturados? Conheça o Fusion Platform, a solução voltada a gestão de processos, documentos e indicadores que conta com a tecnologia OCR (Optical Character Recognition) para o reconhecimento de textos em documentos digitalizados. Experimente gratuitamente por 15 dias!


    Referências:
    Mazira, AuthorCafe, Github


Fale com a gente